terça-feira, 13 de dezembro de 2011

JESUS, O CRISTO, um Homem Sensível aos Sentimentos e as Dores da Sua Alma

“Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra (a uma pequena distância), e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22.41-42).

Jesus, o Nazareno, expressou nestas palavras os sentimentos da sua alma com sinceridade a Deus, seu Pai. Como um Filho que tinha uma boa comunhão com o seu Pai, Jesus compartilhou os sentimentos dolorosos e angustiantes da sua alma “com quem o podia livrar”. Nós, como filhos de Deus, podemos e devemos fazer o mesmo.

Uma coisa é se rebelar contra Deus, uma outra coisa bem diferente é abrir o íntimo da própria alma diante dEle. Embora Jesus estivesse decidido a fazer a vontade de seu Pai, ele também falou abertamente com Deus sobre o medo e o receio diante daquilo que o aguardava.

Se você nestes dias está enfrentando uma crise de obediência a Deus, ou algum dia no futuro vier a passar por uma crise de obediência, lembre-se do exemplo de Jesus. O texto bíblico acima nos descreve Jesus chegando ao ponto de desejar evitar um dos momentos mais tensos da sua missão entre os homens. Mas este seu desejo não foi além de um pensamento, permanecendo distante do seu coração, por isso ele, Jesus, não vacilou em permanecer fiel em sua missão até a morte e morte de cruz.

Ao pensar na possibilidade de encontrar uma outra alternativa, confessando isso ao Pai, pedindo se possível uma outra saída, o seu coração missionário logo assumiu o controle e enquanto ainda concluía a mesma oração, Jesus viu mais longe, entendendo que não havia outro caminho, não havia outra verdade, não havia outra vida para ele.

Jesus novamente se submeteu à vontade do seu Pai, como ele sempre havia feito ao longo da sua vida entre os homens. Estas palavras no Getsêmani frisam bem que a morte para Jesus não foi compreendida por ele como sendo uma derrota, mas do começo ao fim era sim uma vitória para Deus, o seu Pai, e também para ele, o Filho obediente, o Messias prometido.

E quanto a mim? E quanto a você? Qual é a nossa alternativa? Na hora da decisão, nas diferentes horas de escolhas, não há para nós outro caminho, não há para nós outra verdade, não há para nós outra vida além desta: buscar com todo o nosso coração obedecer a vontade de Deus em todas as áreas da nossa vida – pois esta é a nossa maior e mais sublime missão entre os homens.

Seja qual for a conseqüência para nós, façamos tudo para a honra e para glória de Deus. Um dia chegaremos à mesma conclusão que os apóstolos chegaram: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus" (João 6.68). Sim, nós venceremos as nossas dores e as nossas angústias compartilhando-as com o nosso Pai Eterno. Sem queixas e sem murmurações, pois estas não agradam a Deus. 

Mas, assim como Jesus, podemos em nosso Getsêmani nos afastar um pouco das demais pessoas e derramar a nossa alma perante Deus, o Eterno Pai, derramando diante dEle os nossos sentimentos e os nossos temores e lançando sobre o Filho, o Eterno Senhor das nossas almas, toda a nossa ansiedade (1 Pe 5.7). O salmista orou dizendo: “Busquei o SENHOR, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores... Clamou este aflito, e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações” (Sl 34,4-6).

Ao longo desta caminhada de fé em fé e de glória em glória, com certeza iremos mais e mais orar dizendo: Sim, Pai Eterno, desejamos e queremos experimentar em nossas vidas a Tua Boa, Agradável e Perfeita Vontade. 

Assim seja hoje e sempre!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Jesus Escutava Antes de Julgar

Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou” (João 5.30).
Há um básico conhecimento entre as pessoas de que a Bíblia proibiria qualquer tipo de julgamento. Nesta compreensão popular, a Bíblia estaria proibindo o ato de julgar quando diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1).
Mas o que diz realmente este texto bíblico? Uma maneira correta de extrair de um texto bíblico o seu conteúdo real é buscar sempre interpretar-lo e compreender-lo à luz do seu próprio contexto e do conteúdo de outros textos bíblicos paralelos. Vejamos outros textos bíblicos sobre este assunto.
Salmo 9.8:Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.” Aqui a idéia que prevalece é que Deus quando julga sempre se atém ao que é correto, ao que é justo.
João 7.24:Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.” Aqui a idéia que prevalece é que os sinais exteriores não devem influenciar o nosso julgamento. Não devemos permitir que o fato de uma pessoa estar bem vestida ou possuir uma bela aparência nos leve a previamente fazer um julgamento de absolvição. Por outro lado, o fato de alguém estar trajado de forma desleixada ou não ser uma pessoa bonita não nos leve a previamente fazer um julgamento de condenação.
Salmo 109.31: “... Ele se põe à direita do pobre, para o livrar dos que lhe julgam a alma.” Aqui a idéia que prevalece é não julgar as questões relacionadas a sentimentos, que pertencem ao mundo particular de uma pessoa. Isto significa dizer que não compreendemos o porquê de uma pessoa tomar esta ou aquela decisão, por isso não podemos julgar a sua alma. Somente Deus conhece as verdadeiras intenções e os verdadeiros propósitos da pessoa em julgamento.
Romanos 2.1:Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas.” Aqui a idéia que prevalece é a advertência para que uma pessoa não emita um julgamento em assuntos que ela própria é passível de julgamento.
1 Coríntios 6.3:Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” Aqui a idéia que prevalece é que somos chamados e desafiados a proceder um julgamento diário diante das nossas escolhas, decisões, atitudes, etc. Isto é uma atividade para nos aperfeiçoar.
Colossenses 2.16,17:Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.” Aqui a idéia que prevalece é que coisas subjetivas em seu valor objetivo não devem ser coisas que ocupem lugar importante em nossos julgamentos, porque, como argumenta o apóstolo Paulo, são coisas temporárias, passageiras em seu significado, sendo apenas sombra de coisas mais concretas com as quais nos relacionamos mais diretamente com Deus.
1 Coríntios 14.29:Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem”. Aqui a idéia que prevalece é escutar o que os profetas estão falando e comparar com o que já se conhece sobre o tema abordado, conferindo a palavra profética com a palavra já revelada nas Escrituras Sagradas. Neste contexto, o julgar traz o significado de estudar, avaliar para receber ou para rejeitar a palavra dos profetas.
1 Tessalonicenses 5.21,22:Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal.” Aqui a idéia que prevalece é um julgar para rejeitar. Para reter o que é bom é preciso rejeitar o que é ruim. Para se abster daquilo que tem forma de mal é preciso analisar e conhecer que elas realmente não fazem bem. Isto é julgar para poder rejeitar.
                                                                                                                                 
Há aproximadamente 50 versículos na Bíblia que abordam este tema e eles trazem o significado de: (1) julgar, determinando uma punição; (2) julgar, no sentido de avaliar, sondar, investigar; (3) julgar, no sentido de tomar a decisão de rejeitar.
     O resultado do julgamento a ser feito agradará a Deus?  O julgamento a ser realizado será o melhor que poderá ser feito em relação ao caso? Com o passar dos anos aprendemos que não conseguimos responder bem a segunda pergunta sem antes procurar responder bem a primeira pergunta. Jesus, nosso mestre por excelência disse: “Não procuro agradar a mim, mas aquele que me enviou!” Quanto mais nós nos aproximamos da proposta de viver para honrar e engrandecer a Deus, mais nós compreenderemos o significado e o impacto que nossas vidas precisariam ter ao elaborar e proceder um julgamento justo.
Os seguintes passos são recomendados para evitar um julgar injusto e que não está de acordo com a proposta de Deus: (1) Ouvir com atenção; (2) Inteirar-se ao máximo na questão a ser julgada; (3)  Nunca julgar as questões pertinentes a alma; e (4) Antes de julgar o procedimento de alguém, julgar primeiro a si próprio na mesma questão.
Ao procedermos assim, tenhamos confiança que o Senhor proverá o que nós precisamos e que o Senhor nos capacitará a fazer o que Ele quer que façamos. 

Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (Jo 5.19).

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Em nossos dias há muitos pregadores e escritores anunciando "palavras de Deus" como se “estas verdades” ditas por eles fossem integralmente originárias da Bíblia. 

Todavia, se estas "palavras de Deus" forem examinadas com mais empenho, meditando-se com cuidado no contexto do texto em questão, comparando o texto citado com outros textos paralelos em outros livros da Bíblia, necessariamente estas "palavras de Deus" precisarão ser corrigidas, se desejarmos fidelidade a todas as palavras em todos os livros da Bíblia.

Jesus, o Verbo que habitou entre nós, o nosso mestre maior, advertiu que o erro estava presente entre os saduceus porque eles não conheciam as Escrituras, isto é, não estavam examinando o que todos os textos das sagradas Escrituras diziam sobre o assunto em debate (Mateus 22.29).

Creio que cabe a misericórdia de Deus àquelas pessoas que, muitas vezes bem intencionadas, não leram mais do que apenas alguns textos na Bíblia e não buscaram comparar as conclusões tiradas destes poucos textos isolados, com toda a global harmonia que há entre todas as doutrinas da Bíblia. Neste caso, trata-se de pura ignorância em relação às doutrinas da teologia sistemática que se fundamenta no conjunto de todas as verdades encontradas em toda a extensão da Bíblia.

, porém, outro grupo de pregadores e escritores que mesmo sabendo que determinada "verdade" que está sendo anunciada por eles não resiste ao exame teológico mais apurado, persistem em continuar com a sua pregação enganosa, embora estejam conscientes de que estão fraudando a verdade plena das Escrituras Sagradas. Sobre estas pessoas que "fizer qualquer acréscimo (...) tirar qualquer coisa das palavras do livro" pesam as palavras do Apocalipse: "Deus lhe acrescentará os flagelos (...) Deus tirará a sua parte da árvore da vida".

Estas pregações apoiadas de forma isolada em alguns poucos versículos bíblicos, favorecem certas interpretações populares e estão conseguindo propagar-se porque agradam a grande maioria daqueles que estão em busca de "facilidades espirituais".

Examinemos todos, com toda a dedicação necessária, toda a verdade em todas as páginas da Bíblia, comparando verdades com verdades, encontrando assim a verdade plena e suficiente, o logos de Deus.