segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

SER  UM  VERDADEIRO  DISCÍPULO  DE  JESUS  CRISTO.

O QUE ESTÁ FALTANDO para que eu seja um verdadeiro discípulo de Jesus? Bem, estou aprendendo que algo fundamental para ser um verdadeiro discípulo de Jesus é compreender melhor o significado das palavras/conceito “sagrado” e “profano”.

AQUI OPTAMOS por uma definição simples. “Sagrado” é tudo aquilo que digo, que utilizo e que faço, e que glorifica e exalta a Deus. Neste caso o meu coração está em Deus e Ele ocupa o primeiro lugar em minha vida. “Profano” é tudo aquilo que digo, que utilizo e que faço, mas que não glorifica e exalta a Deus. Neste caso o meu coração não está em Deus e Ele não ocupa o primeiro lugar em minha vida.

SAIR DE UMA VIDA “no mundo do pecado” é mais fácil do que esse mundo pecaminoso sair da minha mente e deixar de influenciar-me. Em outras palavras, é mais fácil deixar o Egito do que o Egito deixar-me.

NO ANTIGO TESTAMENTO encontramos o rei Saul querendo parecer ser um verdadeiro adorador de Deus. Mas em vez de fazer o que Deus o havia ordenado ele fez o que o seu próprio coração desejou. Sendo assim, Saul adorava a Deus de forma profana. Quando a sua atitude foi confrontada e questionada pelo profeta Samuel, o rei Saul não concordou com o profeta e alegou que ele, o rei, estava tendo apenas o grande interesse de sacrificar a Deus. Então o profeta Samuel o desmascarou e revelou que para Deus “o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros” (1 Samuel 15.22). Entendemos assim que obedecer a vontade de Deus é a forma sagrada de adorá-Lo.

NO NOVO TESTAMENTO encontramos um homem rico querendo parecer ser um verdadeiro adorador de Deus. Esse homem argumentou diante de Jesus que ele era um verdadeiro observador da Lei de Moisés. Mas Jesus não se deixou impressionar com isso e disse que faltava nele algo muito importante. Ele precisava ser dependente de Deus. Então, em um primeiro passo, ele deveria vender tudo o que tinha e dar aos pobres. Em seguida, em um segundo passo, o homem ex-dependente de suas riquezas deveria tornar-se dependente de Jesus Cristo, passando a ser um verdadeiro discípulo dele. Compreensivelmente, influenciado pelas suas próprias inclinações e projetos pessoais, em vez de fazer o que Jesus Cristo o estava ordenando, saiu ele da presença de Jesus desmascarado e decepcionado com Jesus e consigo mesmo. Decepcionado com Jesus porque Jesus não ficou impressionado com a sua riqueza. Decepcionado, consigo mesmo, porque a verdade da sua “adoração” foi revelada por Jesus, o Cristo. O homem rico acreditava que o seu próprio jeito o garantiria “entrar no reino de Deus”. O que aconteceu foi que Jesus Cristo  revelou ao homem rico que somente existe um caminho: ser um verdadeiro discípulo com todas as suas forças, com todo o seu coração e com todo o seu entendimento. Obedecer a vontade de Deus é, portanto, ser um verdadeiro discípulo de Jesus, e isso é algo sagrado.

A PARTIR DO MOMENTO em que Jesus Cristo é o Salvador e o Senhor da minha vida, nada pode competir com Ele, isto é, nada pode O substituir quanto ao primeiro lugar em minha vida.  A busca pela compreensão da “vontade de Deus” para a minha vida é agora a minha prioridade número 1. Busco agora 100 % Jesus Cristo em mim.

MAS ISSO NÃO É ALGO FÁCIL por conta dos resquícios de uma mente pecaminosa que continua insistindo em estar presente e influenciar o meu pensar e o meu agir. Sim, "entrar no reino de Deus" e "herdar a vida eterna" não é um resultado meu, mas uma consequência de ser um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo. Ele disse: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos”. Ele disse também: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos” (João 8.31 e 15.8). Assim seja!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

A MENSAGEM DA CRUZ ESTÁ NA CONTRA CULTURA


PAULO DE TARSO, PREGADOR, MESTRE E APÓSTOLO, escreveu em sua Primeira Epístola aos Coríntios que a sua mensagem central era sobre “Jesus Cristo e este crucificado” (1Coríntios 2.2). Mas ele também escreveu: “Estou crucificado com Cristo” (Galátas 2.19). A sua mensagem não estava apenas em sua pregação bíblica, na dialectĭca do Evangelho, mas também em sua vida comportamental cristã, no seu modus vivendi de discípulo de Cristo. É importante, portanto, nesses tempos da pós-modernidade, compreender melhor esta central mensagem do Evangelho do Senhor Jesus Cristo revelada nas Sagradas Escrituras.

O FILHO DE DEUS, O SALVADOR E SENHOR JESUS CRISTO, disse que “larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela”. Continuando o seu ensino sobre esta doutrina Jesus disse que “estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7.13, 14). Jesus revelou que o caminho identificado com Ele era estreito e que esse caminho não seria percorrido pelas grandes multidões, pois elas continuariam preferindo o outro caminho. Esse outro caminho é largo e conduz a perdição, por não estar identificado com o ensino do Filho de Deus que afirmou: “Eu Sou”.

ESSAS AFIRMACÕES DO MESTRE SALVADOR E SENHOR JESUS CRISTO e as do apóstolo e também mestre Paulo, nos levam necessariamente a refletir sobre os nossos múltiplos e diferentes desafios diários. Diante da pergunta se estamos ou não, em nossas decisões diárias, rejeitando e nos afastando da cruz da renúncia, optando e escolhendo o que mais nos oferece prazer emocional e carnal, há uma revelada resposta de Jesus nas Sagradas Escrituras: “Pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7.16). Diante da pergunta se estamos ou não abraçando o carregar a nossa própria cruz, renunciando a todas as coisas que nos desviam e nos distanciam de servir a Deus em espírito e em verdade, somos confrontados com a resposta do próprio Cristo que afirmou algo fundamental para a nossa vida de discípulo: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16.24).

O QUE DIFICULTA E DESAFIA o modus vivendi para os cristãos contemporâneos é que no espírito da pós-modernidade não há lugar para o contentamento da negação de si mesmo e dos desejos pessoais, não há lugar para a mensagem bíblica da renúncia do prazer, mesmo estando este amparado em um contexto errôneo e duvidoso. A palavra de ordem nesse contexto pós-moderno é que o homem busque sempre aquilo que lhe oferece o prazer da hora em questão, que ele se entregue à satisfação do momento que está sendo vivenciado, sem antes, contudo, realizar uma análise das suas prováveis e possíveis consequências. No espírito da pós-modernidade é o prazer pelo prazer, independentemente se este está certo ou errado em seus motivos e desígnios.

HÁ SEMPRE UM RISCO em todas as decisões diárias, que nos desafiam com suas muitas e diversas alternativas. Porém buscando o bom senso, dando espaço para a prudência, poderemos promover um ambiente menos contaminado pelos fatores de risco. Erraremos menos em nós mesmos. Acertaremos mais em Cristo Jesus.

RECONHECEMOS QUE VIVENCIAMOS um tempo difícil para a harmonia global do Evangelho, principalmente quando este é exposto em toda a sua plena e completa verdade. Enquanto nós apenas nos atermos à pregação do Evangelho em sua revelação amorosa, será este aceito sem grandes contestações. Porém quando nós proclamarmos toda a mensagem do Evangelho, revelando-o em sua completa verdade absoluta, incluindo necessariamente a mensagem de Cristo e este crucificado, será este Evangelho de Cristo diariamente questionado e confrontado em suas afirmações e implicações, principalmente através do modus vivendi da grande maioria dos cristãos.

AS VERDADES ABSOLUTAS DAS SAGRADAS ESCRITURAS, neste tempo da pós-modernidade, estão sendo afrontadas e confrontadas pelos próprios seguidores do cristianismo. Já não são os opositores da mensagem da cruz de Cristo que se insurgem, questionando a veracidade das suas palavras, mas sim os próprios seguidores de Jesus Cristo que agora não admitem o ensino neotestamentário deixado pelo Filho de Deus: “quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim” (Mateus 10.38).

PERGUNTAMOS: Quais são as implicações desta mensagem em nossos dias? Qual é a real influência desse ensino na vida dos crentes cristãos nesse tempo da pós-modernidade?

RESPONDEMOS: A nova vida proposta por Jesus Cristo, o nosso Mestre Salvador e Senhor, propõe um novo pensar, uma nova mente. A nova vida em Cristo Jesus não está em harmonia com a cultura pagã, mas é de fato e de direito uma contra cultura. A vida do regenerado em Deus desenvolve-se em direção à semelhança de Jesus Cristo com a consequente renúncia do “eu quero”, “eu posso”, “eu decido”, “eu declaro”. O ensino de Jesus, o Cristo, nos direciona a um confronto com o reino do “eu”. O apóstolo Paulo traduz essa vida com as seguintes palavras: “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenha na carne, vivo pela fé no filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Galátas 2.20).  

JESUS CRISTO ORDENOU: “Entrai pela porta estreita” (Mateus 7.13). Sim, nesses diferentes contextos da pós-modernidade é a pregação de um Cristo crucificado um escândalo para muitos e loucura para muitos outros, mas para os chamados pelo Evangelho da Paz é poder de Deus e sabedoria de Deus (1Coríntios 1.23,24).

A MENSAGEM DE CRISTO e este crucificado é a minha vida. Não há duas ou mais alternativas diante de mim, mas somente uma única. Este único caminho, esta única verdade e esta única vida está imposta diante de mim e não há outra escolha a não ser Cristo e este crucificado, que me atrai, que me salva, que me reconcilia com Deus, que me restaura a semelhança de Cristo e que me subjuga a seguir e a viver na prática das suas libertadoras, restauradoras e reconciliadoras palavras.

ENTÃO, já não sou eu quem escolhe as palavras no pregar e no ensinar. Já não sou eu quem escolhe os argumentos para compartilhar e defender a minha fé, mas rendido ao senhorio de Jesus, o Cristo, que me conquistou para si, e me salvou redimindo-me da minha velha natureza adâmica e vivificando-me no meu espírito à semelhança dele mesmo, o novo homem, chamando-me para a sua imagem e semelhança, continuo prosseguindo em busca da perfeição, para alcançar a estatura plena e perfeita de um varão segundo a boa e agradável vontade de Deus.

ENQUANTO o meu coração bater e fôlego nos meus pulmões houver, continuarei focando o pregar e o ensinar “Não com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo” (1Coríntios 1.17), mas com “fraqueza, temor e grande tremor” (1Coríntios 2.4). Em Cristo Jesus!



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Uma Fé Possível, Crescente, Dinâmica e Eficaz.

Aumenta a nossa fé! Diante deste pedido dos discípulos Jesus respondeu: “Se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderão dizer a esta amoreira: ‘Arranque-se e plante-se no mar’, e ela lhes obedecerá” (Lucas 17.5-6).

Deus nos revela através da Bíblia, a Sua Palavra, que a fé nos é dada e acrescentada enquanto ouvimos, refletimos e meditamos na Palavra de Deus. Isto significa dizer que a fé que desejamos ter está, necessariamente, relacionada à idéia que foi semeada, que está sendo semeada, e que será plantada em nós sobre o conceito de Deus e o Seu poder. O conceito que temos da boa e agradável vontade de Deus para com a Sua criação, serve de parâmetro para o exercício da nossa fé. A experiência que desfrutamos e desfrutaremos como alvos do amor de Deus está relacionada com a confiança que nós estamos dispostos a ter nEle. Sim, o exercício da fé é algo pessoal. Jesus disse: “seja feito conforme a tua fé” (Mt 8.13). Isto significa dizer que quanto mais Palavra de Deus conhecermos e vivenciarmos, quanto mais comunhão tivermos com a Palavra de Deus, consequentemente mais confiança nEle teremos e mais esperança nEle depositaremos.

Como poderemos ter uma fé crescente?
Como poderemos experimentar um aumento da nossa fé? Os apóstolos que estavam com Jesus no barco fizeram uma oração pedindo que Jesus aumentasse a fé deles. Este pedido não foi repreendido por Jesus e isto nos dá então a certeza de que a nossa fé pode sim ser maior, a nossa fé pode sim ser ampliada. Podemos afirmar, porém, que a fé crescente precisa ser compreendida no seu exercício constante, não necessariamente apenas nas realizações de sinais e prodígios, nem tampouco apenas andando sobre as águas ou andando constantemente em chuvas de bênçãos. A nossa fé será ampliada e fortalecida quando, enfrentando provações e desafios, perdas e sofrimentos, vivenciaremos motivos e mais motivos para duvidar e desistir. A fé crescente será uma conseqüência normal da superação de todas as adversidades, passando por todas as diferentes circunstâncias da vida, que somadas contribuem para o nosso bem, tendo com uma única referência a seguir o exemplo do carpinteiro de Nazaré. O ponto essencial para Jesus não era que seus discípulos se tornassem apenas provedores de milagres, mas, principalmente, que ao passarem por muitas perdas e provações continuassem firmes com o foco na alegria da experiência da salvação já aqui e agora e também no porvir.

Na verdade o nosso chamado para andarmos de fé em fé e de glória em glória não está em uma vocação para vivermos como mágicos ou magos, mas para sermos homens e mulheres normais que cremos em um Deus que nos amou e nos deu a salvação e a vida eterna na morte e na ressurreição do seu Filho, Salvador e Senhor de todos aqueles que nEle creem.

Não é a fé que move a montanha, mas sim a fé no poder de Deus que tudo pode remover. E mesmo se porventura a fé não perceber que a montanha foi removida, a fé permanece crendo, aguardando o momento desta percepção sobrenatural (Hb 11.39, 40). A fé possível, crescente, dinâmica e eficaz diz diante das provações: "Mesmo não florescendo a figueira, e não havendo uvas nas videiras ... ainda assim eu exultarei no SENHOR e me alegrarei no Deus da minha salvação" (Hab 3.17-18).

Na terrível peneira da provação, a Fé Possível, Crescente, Dinâmica e Eficaz sempre diz: "a graça dEle me basta" (2Co 12.9). A fé, mesmo o crente estando em cadeias, declara: "tudo posso naquele que me fortalece" (Fp 4.13). Para aqueles que acreditam em Jesus, a fé existe, não para eliminar a tentação ou quebrar cadeias, mas para aguentar o quanto for necessário, até que a boa, agradável e soberana vontade do Senhor Jesus Cristo seja realizada em nós e por meio de nós. Esta é a verdadeira fé que é o legado dos seguidores de Jesus.

Que esta Fé Possível, Crescente, Dinâmica e Eficaz seja a nossa vivencia hoje e em todos os dias que virão, até que ELE decida torná-la uma realidade palpável e visível diante dos nossos olhos. Que esta fé em Jesus seja minha e sua! Amém!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

JESUS, O CRISTO, um Homem Sensível aos Sentimentos e as Dores da Sua Alma

“Ele, por sua vez, se afastou, cerca de um tiro de pedra (a uma pequena distância), e, de joelhos, orava, dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22.41-42).

Jesus, o Nazareno, expressou nestas palavras os sentimentos da sua alma com sinceridade a Deus, seu Pai. Como um Filho que tinha uma boa comunhão com o seu Pai, Jesus compartilhou os sentimentos dolorosos e angustiantes da sua alma “com quem o podia livrar”. Nós, como filhos de Deus, podemos e devemos fazer o mesmo.

Uma coisa é se rebelar contra Deus, uma outra coisa bem diferente é abrir o íntimo da própria alma diante dEle. Embora Jesus estivesse decidido a fazer a vontade de seu Pai, ele também falou abertamente com Deus sobre o medo e o receio diante daquilo que o aguardava.

Se você nestes dias está enfrentando uma crise de obediência a Deus, ou algum dia no futuro vier a passar por uma crise de obediência, lembre-se do exemplo de Jesus. O texto bíblico acima nos descreve Jesus chegando ao ponto de desejar evitar um dos momentos mais tensos da sua missão entre os homens. Mas este seu desejo não foi além de um pensamento, permanecendo distante do seu coração, por isso ele, Jesus, não vacilou em permanecer fiel em sua missão até a morte e morte de cruz.

Ao pensar na possibilidade de encontrar uma outra alternativa, confessando isso ao Pai, pedindo se possível uma outra saída, o seu coração missionário logo assumiu o controle e enquanto ainda concluía a mesma oração, Jesus viu mais longe, entendendo que não havia outro caminho, não havia outra verdade, não havia outra vida para ele.

Jesus novamente se submeteu à vontade do seu Pai, como ele sempre havia feito ao longo da sua vida entre os homens. Estas palavras no Getsêmani frisam bem que a morte para Jesus não foi compreendida por ele como sendo uma derrota, mas do começo ao fim era sim uma vitória para Deus, o seu Pai, e também para ele, o Filho obediente, o Messias prometido.

E quanto a mim? E quanto a você? Qual é a nossa alternativa? Na hora da decisão, nas diferentes horas de escolhas, não há para nós outro caminho, não há para nós outra verdade, não há para nós outra vida além desta: buscar com todo o nosso coração obedecer a vontade de Deus em todas as áreas da nossa vida – pois esta é a nossa maior e mais sublime missão entre os homens.

Seja qual for a conseqüência para nós, façamos tudo para a honra e para glória de Deus. Um dia chegaremos à mesma conclusão que os apóstolos chegaram: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus" (João 6.68). Sim, nós venceremos as nossas dores e as nossas angústias compartilhando-as com o nosso Pai Eterno. Sem queixas e sem murmurações, pois estas não agradam a Deus. 

Mas, assim como Jesus, podemos em nosso Getsêmani nos afastar um pouco das demais pessoas e derramar a nossa alma perante Deus, o Eterno Pai, derramando diante dEle os nossos sentimentos e os nossos temores e lançando sobre o Filho, o Eterno Senhor das nossas almas, toda a nossa ansiedade (1 Pe 5.7). O salmista orou dizendo: “Busquei o SENHOR, e ele me acolheu; livrou-me de todos os meus temores... Clamou este aflito, e o SENHOR o ouviu e o livrou de todas as suas tribulações” (Sl 34,4-6).

Ao longo desta caminhada de fé em fé e de glória em glória, com certeza iremos mais e mais orar dizendo: Sim, Pai Eterno, desejamos e queremos experimentar em nossas vidas a Tua Boa, Agradável e Perfeita Vontade. 

Assim seja hoje e sempre!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Jesus Escutava Antes de Julgar

Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou” (João 5.30).
Há um básico conhecimento entre as pessoas de que a Bíblia proibiria qualquer tipo de julgamento. Nesta compreensão popular, a Bíblia estaria proibindo o ato de julgar quando diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mt 7.1).
Mas o que diz realmente este texto bíblico? Uma maneira correta de extrair de um texto bíblico o seu conteúdo real é buscar sempre interpretar-lo e compreender-lo à luz do seu próprio contexto e do conteúdo de outros textos bíblicos paralelos. Vejamos outros textos bíblicos sobre este assunto.
Salmo 9.8:Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão.” Aqui a idéia que prevalece é que Deus quando julga sempre se atém ao que é correto, ao que é justo.
João 7.24:Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça.” Aqui a idéia que prevalece é que os sinais exteriores não devem influenciar o nosso julgamento. Não devemos permitir que o fato de uma pessoa estar bem vestida ou possuir uma bela aparência nos leve a previamente fazer um julgamento de absolvição. Por outro lado, o fato de alguém estar trajado de forma desleixada ou não ser uma pessoa bonita não nos leve a previamente fazer um julgamento de condenação.
Salmo 109.31: “... Ele se põe à direita do pobre, para o livrar dos que lhe julgam a alma.” Aqui a idéia que prevalece é não julgar as questões relacionadas a sentimentos, que pertencem ao mundo particular de uma pessoa. Isto significa dizer que não compreendemos o porquê de uma pessoa tomar esta ou aquela decisão, por isso não podemos julgar a sua alma. Somente Deus conhece as verdadeiras intenções e os verdadeiros propósitos da pessoa em julgamento.
Romanos 2.1:Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas.” Aqui a idéia que prevalece é a advertência para que uma pessoa não emita um julgamento em assuntos que ela própria é passível de julgamento.
1 Coríntios 6.3:Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida!” Aqui a idéia que prevalece é que somos chamados e desafiados a proceder um julgamento diário diante das nossas escolhas, decisões, atitudes, etc. Isto é uma atividade para nos aperfeiçoar.
Colossenses 2.16,17:Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.” Aqui a idéia que prevalece é que coisas subjetivas em seu valor objetivo não devem ser coisas que ocupem lugar importante em nossos julgamentos, porque, como argumenta o apóstolo Paulo, são coisas temporárias, passageiras em seu significado, sendo apenas sombra de coisas mais concretas com as quais nos relacionamos mais diretamente com Deus.
1 Coríntios 14.29:Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem”. Aqui a idéia que prevalece é escutar o que os profetas estão falando e comparar com o que já se conhece sobre o tema abordado, conferindo a palavra profética com a palavra já revelada nas Escrituras Sagradas. Neste contexto, o julgar traz o significado de estudar, avaliar para receber ou para rejeitar a palavra dos profetas.
1 Tessalonicenses 5.21,22:Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal.” Aqui a idéia que prevalece é um julgar para rejeitar. Para reter o que é bom é preciso rejeitar o que é ruim. Para se abster daquilo que tem forma de mal é preciso analisar e conhecer que elas realmente não fazem bem. Isto é julgar para poder rejeitar.
                                                                                                                                 
Há aproximadamente 50 versículos na Bíblia que abordam este tema e eles trazem o significado de: (1) julgar, determinando uma punição; (2) julgar, no sentido de avaliar, sondar, investigar; (3) julgar, no sentido de tomar a decisão de rejeitar.
     O resultado do julgamento a ser feito agradará a Deus?  O julgamento a ser realizado será o melhor que poderá ser feito em relação ao caso? Com o passar dos anos aprendemos que não conseguimos responder bem a segunda pergunta sem antes procurar responder bem a primeira pergunta. Jesus, nosso mestre por excelência disse: “Não procuro agradar a mim, mas aquele que me enviou!” Quanto mais nós nos aproximamos da proposta de viver para honrar e engrandecer a Deus, mais nós compreenderemos o significado e o impacto que nossas vidas precisariam ter ao elaborar e proceder um julgamento justo.
Os seguintes passos são recomendados para evitar um julgar injusto e que não está de acordo com a proposta de Deus: (1) Ouvir com atenção; (2) Inteirar-se ao máximo na questão a ser julgada; (3)  Nunca julgar as questões pertinentes a alma; e (4) Antes de julgar o procedimento de alguém, julgar primeiro a si próprio na mesma questão.
Ao procedermos assim, tenhamos confiança que o Senhor proverá o que nós precisamos e que o Senhor nos capacitará a fazer o que Ele quer que façamos. 

Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz” (Jo 5.19).

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Em nossos dias há muitos pregadores e escritores anunciando "palavras de Deus" como se “estas verdades” ditas por eles fossem integralmente originárias da Bíblia. 

Todavia, se estas "palavras de Deus" forem examinadas com mais empenho, meditando-se com cuidado no contexto do texto em questão, comparando o texto citado com outros textos paralelos em outros livros da Bíblia, necessariamente estas "palavras de Deus" precisarão ser corrigidas, se desejarmos fidelidade a todas as palavras em todos os livros da Bíblia.

Jesus, o Verbo que habitou entre nós, o nosso mestre maior, advertiu que o erro estava presente entre os saduceus porque eles não conheciam as Escrituras, isto é, não estavam examinando o que todos os textos das sagradas Escrituras diziam sobre o assunto em debate (Mateus 22.29).

Creio que cabe a misericórdia de Deus àquelas pessoas que, muitas vezes bem intencionadas, não leram mais do que apenas alguns textos na Bíblia e não buscaram comparar as conclusões tiradas destes poucos textos isolados, com toda a global harmonia que há entre todas as doutrinas da Bíblia. Neste caso, trata-se de pura ignorância em relação às doutrinas da teologia sistemática que se fundamenta no conjunto de todas as verdades encontradas em toda a extensão da Bíblia.

, porém, outro grupo de pregadores e escritores que mesmo sabendo que determinada "verdade" que está sendo anunciada por eles não resiste ao exame teológico mais apurado, persistem em continuar com a sua pregação enganosa, embora estejam conscientes de que estão fraudando a verdade plena das Escrituras Sagradas. Sobre estas pessoas que "fizer qualquer acréscimo (...) tirar qualquer coisa das palavras do livro" pesam as palavras do Apocalipse: "Deus lhe acrescentará os flagelos (...) Deus tirará a sua parte da árvore da vida".

Estas pregações apoiadas de forma isolada em alguns poucos versículos bíblicos, favorecem certas interpretações populares e estão conseguindo propagar-se porque agradam a grande maioria daqueles que estão em busca de "facilidades espirituais".

Examinemos todos, com toda a dedicação necessária, toda a verdade em todas as páginas da Bíblia, comparando verdades com verdades, encontrando assim a verdade plena e suficiente, o logos de Deus.